Mármore, na prática, é carbonato de cálcio. A maior parte dos materiais de junção de pisos, como os cerâmicos, é formada em parte por carbonato de cálcio.
A maior parte das sujidades que impregnam pisos de bares e restaurantes, cozinhas de empresas e industriais e domésticas, entre outros, e que são de mais difícil remoção por sua natureza apolar (hidrofóbica e não hidrossolúvel) são graxas e gorduras. As partículas e outros (como, digamos, cervejas e outras bebidas derramadas) são removíveis por jatos de água e um tanto de detergente.
Aí entra que nada é mais errôneo que o uso de um ácido, como o clorídrico, chamado “muriático” no mercado de materiais de construção e ferragens, que produz uma solução altamente polar, para “limpar-se” estes ambientes.
Mas não há somente o erro de polaridade adequada, de não haver qualquer tensoatividade e surfactância (o que um simples sabão produz, dissolvendo gordura por suas moléculas terem uma parte polar e outra apolar).
O ácido clorídrico ataca o carbonato de cálcio, produzindo cloreto de cálcio solúvel, o que podemos definir no campo da corrosão como “corrosão química localizada”, aquela produzida por uma reação direta, sem formação de “pilha”, que dura até acabar um dos reagentes, produzindo porosidade (o cloreto de cálcio será levado pela lavagem) e esta porosidade evoluirá com o tempo em fragilidade e perda brutal de materiais, e dependendo da posição, alguma falha catastrófica
Aí entra que nada é mais errôneo que o uso de um ácido, como o clorídrico, chamado “muriático” no mercado de materiais de construção e ferragens, que produz uma solução altamente polar, para “limpar-se” estes ambientes.
Mas não há somente o erro de polaridade adequada, de não haver qualquer tensoatividade e surfactância (o que um simples sabão produz, dissolvendo gordura por suas moléculas terem uma parte polar e outra apolar).
O ácido clorídrico ataca o carbonato de cálcio, produzindo cloreto de cálcio solúvel, o que podemos definir no campo da corrosão como “corrosão química localizada”, aquela produzida por uma reação direta, sem formação de “pilha”, que dura até acabar um dos reagentes, produzindo porosidade (o cloreto de cálcio será levado pela lavagem) e esta porosidade evoluirá com o tempo em fragilidade e perda brutal de materiais, e dependendo da posição, alguma falha catastrófica
A reação é simples:
CaCO3 + 2 HCl → CaCl2 + H2O + CO2
Um caso clássico desse erro de aplicação em limpeza é a da “lavagem” da inigualável estátua do David de Michelângelo por ácido clorídrico:
“David precisa muito de um banho. Seus músculos de mármore perfeitamente formados estão cheios de sujeira e traços de cera protetora e não foram lavados desde 1843, quando um restaurador aplicou uma dose pesada de ácido clorídrico.”
Com a palavra, da língua do povo dono da estátua:
“Quanto à natureza e à qualidade do mármore, este é atravessado por uma grande quantidade de veios e "tarúli", inusitados no mármore considerado bom pelos artistas do século XVI; além disso, as áreas mais expostas à chuva (ombros, braço direito, mão e pé esquerdo) mostraram uma maior erosão superficial do que nas outras estátuas similares. Esta erosão também pode ser atribuída em parte ao dano causado pela restauração imprudente de Costoli em 1843, realizada com métodos agressivos, que chegaram a cavar a pele do mármore em alguns pontos até 2 milímetros.”
“Quanto à natureza e à qualidade do mármore, este é atravessado por uma grande quantidade de veios e "tarúli", inusitados no mármore considerado bom pelos artistas do século XVI; além disso, as áreas mais expostas à chuva (ombros, braço direito, mão e pé esquerdo) mostraram uma maior erosão superficial do que nas outras estátuas similares. Esta erosão também pode ser atribuída em parte ao dano causado pela restauração imprudente de Costoli em 1843, realizada com métodos agressivos, que chegaram a cavar a pele do mármore em alguns pontos até 2 milímetros.”
( Por que o sujo David precisa de uma lavagem - ou pelo menos uma limpeza a seco )
Voltando à Química, devido ao uso de ácido clorídrico na produção e refino de cocaína, além de certas sínteses de “drogas recreativas”, o ácido clorídrico para uso em limpeza começou a ser acrescido de ácido fluorídrico, o que chama-se no ramo “desnaturação”, assim, tornou-se necessário vigiar sua aquisição com isenção deste acréscimo (e questões legais ligadas à necessária aquisição) para aplicações onde se terá, entre outras coisas, vidro a ser tratado, como em certos equipamentos de hemodiálise, por exemplo, pois o ácido fluorídrico corrói o vidro.
Quanto ao carbonato de cálcio, o problema se mantém análogo ao do ácido clorídrico, apenas mudando o sal resultante.
Quanto ao carbonato de cálcio, o problema se mantém análogo ao do ácido clorídrico, apenas mudando o sal resultante.
CaCO3 + 2 HF → CaF2 + H2O + CO2
Sobre mármore e sua limpeza, reforcemos com uma referência fruto da experiência e troca de informações sobre o assunto:
“Não utilize água sanitária, solventes, sabão em pó, querosene, sapólio, ácido muriático ou qualquer outro produto corrosivo.
Limpeza no dia a dia: a limpeza diária dos pisos de mármore e granito deve ser feita com um esfregão ou pano umedecido em uma solução de água e detergente ou sabão neutro ou sabão de coco, de acordo com as indicações da Marbrasa, fabricante de rochas de revestimento. Após esse procedimento, enxague com um pano molhado com água e torcido e termine secando com um pano macio.”
“Não utilize água sanitária, solventes, sabão em pó, querosene, sapólio, ácido muriático ou qualquer outro produto corrosivo.
Limpeza no dia a dia: a limpeza diária dos pisos de mármore e granito deve ser feita com um esfregão ou pano umedecido em uma solução de água e detergente ou sabão neutro ou sabão de coco, de acordo com as indicações da Marbrasa, fabricante de rochas de revestimento. Após esse procedimento, enxague com um pano molhado com água e torcido e termine secando com um pano macio.”
